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segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Todo dia a gente pega carona na gravidade...

Tudo que um dia foi novo e radiante, inevitavelmente desvanece e se desfaz. As flores, outrora vibrantes em suas cores e aromas, murcham e caem. As folhas das árvores, que dançavam ao vento, acabam se rendendo à força da gravidade. Até mesmo as construções mais imponentes e grandiosas sucumbem ao tempo, desmoronando lentamente.

E no meio desse ciclo constante de transformação, a vida continua. Ela não entende de pausas ou retrocessos. Ela segue adiante, impulsionada pelo tic-tac incessante do relógio. Enquanto algumas coisas se desfazem, outras surgem para ocupar seu lugar.

É uma lição valiosa que o tempo nos ensina: apreciar cada momento enquanto ele dura. Valorizar as flores enquanto estão em plena floração, admirar a beleza das árvores enquanto suas folhas balançam ao vento. E também lembrar que tudo na vida é efêmero, passageiro.

As árvores, com seus galhos retorcidos e cascas enrugadas, são testemunhas silenciosas dessa verdade. Elas enfrentam décadas de estações, suportando ventos fortes, tempestades e secas implacáveis. Suas folhas, outrora vibrantes e verdes, por vezes se despedem com um suave espetáculo de cores outonais.

Assim como as árvores, nós também enfrentamos o inexorável passar do tempo. Aquilo que um dia foi jovem e exuberante, inevitavelmente envelhece e se desgasta. As rugas aparecem, os cabelos embranquecem, as forças físicas diminuem, mas a vida continua. É como se o tempo fosse um escultor habilidoso, moldando-nos a cada dia que passa, deixando suas marcas.

A vida continua, mesmo quando a juventude se desvanece. Cada fase da vida traz suas próprias alegrias e aprendizados. Aceitar as mudanças do tempo e abraçar a jornada é parte essencial da sabedoria que a vida nos oferece.

Não podemos deter o tempo nem evitar que as coisas mudem. Mas podemos escolher como lidar com essa realidade. Podemos abraçar a impermanência e encontrar beleza na transitoriedade. Podemos aprender a deixar ir o que já não serve mais, para abrir espaço ao novo.

A beleza dessa realidade está na continuidade da vida. Enquanto as folhas caem e as árvores parecem murchas, elas ainda estão vivas, respirando, crescendo. Assim também nós, apesar das adversidades e do envelhecimento inevitável, continuamos nossa jornada. É a resiliência da vida que nos permite enfrentar cada desafio, assim como as árvores enfrentam as mudanças das estações.

Por mais que o tempo passe e tudo caia e murche, a vida continua pulsando em nós. É nosso papel aproveitar cada instante, valorizando as experiências e as pessoas que cruzam nosso caminho. Afinal, no final das contas, o que realmente importa é a jornada que fazemos durante esse breve intervalo de tempo que nos é concedido.

As pessoas nascem, crescem, se reproduzem, e depois morrem. Mas a vida continua. As crianças crescem, se tornam adultos, e têm filhos. Os adultos trabalham, se aposentam, e morrem. Mas a vida continua.

O segredo está em viver plenamente cada momento, apreciando a beleza da juventude e a profundidade da maturidade. O tempo pode passar, tudo pode cair e murchar, mas a vida continua, e em sua continuidade, encontramos a verdadeira essência da existência. Apesar das mudanças inevitáveis, a vida é uma dádiva preciosa. Cabe a nós abraçá-la com gratidão, enfrentando o tempo com dignidade, perseverança e sabedoria. Enquanto pegamos carona na gravidade e tudo vai caindo, murchando, continuamos a escrever nossa própria história...

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Dominando a arte de ficar entediado: seja o mestre da sua própria tranquilidade...

No furacão vertiginoso da vida moderna, a capacidade de abraçar o tédio pode soar como uma reviravolta inesperada. Com a constante enxurrada de estímulos, e nossos smartphones incansavelmente à postos para nos entreter a cada pausa, a ideia de se render ao vazio pode parecer desafiadora. Entretanto, mergulhar na arte de simplesmente "ser" pode se revelar um poderoso aliado, mesmo que isso signifique encarar o tão evitado tédio.

Na eterna batalha contra o relógio, raramente concedemos a nós mesmos um momento de respiro. Das filas do supermercado às brechas no expediente, preenchemos cada intervalo com atividades frenéticas, imersões em mídias e um fluxo constante de informações. Os smartphones se transformaram em sombras inseparáveis, fontes ininterruptas de distração. Porém, essa constante busca por excitação traz consigo mais malefícios do que benefícios.

Visualize nossa mente como um músculo vigoroso, que carece de pausa para se revigorar e fortalecer. Ao privarmo-nos do tempo necessário para o tédio, sobrecarregamos nosso cérebro com um aguaceiro de dados, dificultando sua capacidade de processamento e assimilação. Esse estado de "repouso ativo" resulta em uma mente sempre em alerta, mesmo quando não estamos ativamente envolvidos em tarefas.

Esse ciclo vicioso, no qual a estimulação incessante anula o verdadeiro repouso, pode gerar consequências deletérias para nossa saúde mental. O estresse acumula-se sub-repticiamente, escondendo-se sob a fachada de produtividade e atividade constante. Sem oportunidade de recarga e relaxamento, nossas emoções ficam em segundo plano, e o estresse perpetua-se até atingir um ponto de saturação.

A crise emocional é inevitável nesse contexto. Num dado dia, percebemos que estamos exaustos, ansiosos e emocionalmente assoberbados. O cérebro, exausto de processar uma torrente ininterrupta de informações, finalmente atinge seu limite. Nosso corpo reage, frequentemente de maneira incontrolável, uma tentativa de liberar o estresse acumulado. A explosão pode manifestar-se como uma erupção de raiva, um poço profundo de tristeza ou até manifestações físicas.

Entretanto, a maestria em abraçar o tédio de maneira salutar é a chave para evitar essa catástrofe emocional. Outorgar a nós mesmos momentos de tranquilidade, onde nos desvencilhamos dos eletrônicos e das tarefas frenéticas, é imperativo para nossa saúde mental. No estado de tédio, a mente pode processar pensamentos, relaxar e se regenerar.

É verdade, inicialmente pode ser um desafio, especialmente numa cultura que constantemente exalta a ação. Entretanto, considere isso como um investimento crucial em seu bem-estar emocional e mental. Na próxima vez em que a tentação de pegar o celular em um momento de inatividade bater à sua porta, cogite apenas "ser". Permita-se divagar, observe seus pensamentos e desconecte-se do digital por um tempo.

Ao fim, dominar o tédio torna-se uma manifestação de autoamor. É o meio de garantir que nossa mente tenha a ocasião de encontrar equanimidade em meio a um mundo impregnado de estímulos. Ao abraçar essa prática, você está pavimentando uma trilha rumo a uma vida mais saudável, consciente e resiliente. Portanto, permita-se mergulhar no tédio e descobrir o poder extraordinário que ele pode oferecer.

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

A beleza das imperfeições...

Na incrível jornada da vida, frequentemente nos vemos envoltos na perseguição incansável da elusiva perfeição. Obstinação nos consome enquanto ansiamos pelo padrão impecável de sucesso, aparência e comportamento, muitas vezes nos esquecendo da verdade essencial: a autêntica beleza reside nas nuances da imperfeição. Entretanto, a busca incessante por esse ideal irreal, o santuário da perfeição, tende a nos conduzir por trilhas áridas, raramente conduzindo à satisfação duradoura que almejamos. Afinal, essa suposta perfeição, que nos atrai como um fogo-fátuo, é uma miragem inalcançável.

Ao invés de continuarmos a nos lançar numa corrida interminável por um horizonte intangível, é oportuno aprendermos a abraçar nossas imperfeições com coragem. Um lembrete inescapável: todos, sem exceção, carregam as marcas da imperfeição. A pressão da sociedade, as vicissitudes das mídias sociais e até nossas próprias demandas internas muitas vezes nos empurram para um ciclo infindável de busca pela excelência em cada aspecto de nossas vidas. Entretanto, ao examinarmos a tapeçaria da história humana, notamos que aqueles que deixaram uma marca indelével não eram os que se refugiavam na fachada da perfeição, mas sim os que ousavam revelar suas vulnerabilidades e falhas. Porque é nas rachaduras da perfeição que a autenticidade floresce, onde nossa humanidade compartilhada é tecida e nossa habilidade de conexão genuína com os outros se manifesta.

As falhas, longe de serem manchas a serem escondidas, são as pedras angulares de nossa experiência humana. Em sua riqueza, elas forjam lições de valor inestimável, esculpem os contornos de nossos valores e nos impulsionam em direção ao crescimento. Ao acolhermos nossas falhas, estamos longe de admitir derrota, estamos sim abraçando uma oportunidade para nos fortalecermos e nutrirmos a compaixão em nossos corações. Quando, finalmente, reconhecemos a universalidade dessa verdade — que ninguém, independentemente de aparência ou aparente virtude, é destituído de falhas — lançamos para longe as grilhetas da autocrítica implacável, abrindo portas largas para o acolhimento pleno de quem somos.

É inegável que a caçada pela perfeição muitas vezes culmina em angústia, tensionamento e até mesmo debilidades mentais. Quando medimos a própria vida pelo prisma de um ideal inatingível, perdemos o poder de vivenciar plenamente o presente, a pura alegria de cada instante. Nesse cenário, é crucial relembrar que a vida não se trata de uma competição desenfreada para cumprir um padrão utópico. Cada indivíduo traz consigo uma trajetória única, um conjunto íntimo de batalhas internas e lutas invisíveis, o que torna a noção de perfeição ainda mais quimérica.

Desse modo, em vez de nos debatermos contra nossas imperfeições, é hora de celebrá-las. É através das rachaduras de nosso ser que a luz de nossa autenticidade irrompe. Abraça com ternura tuas idiossincrasias, teus deslizes e singularidades. Cultiva a empatia não apenas para com os outros, mas também contigo mesmo. Num lembrete constante: todos estão engajados em suas próprias jornadas, marcadas por altos e baixos imprevisíveis.

Ao derradeiro desfecho, a autêntica beleza não repousa na perfeição, mas sim na sinceridade de ser. Encara tuas falhas com serenidade, pois são elas que dão profundidade e textura à tela de tua existência. Sê gentil contigo mesmo, celebra tuas vitórias, assim como absorve as lições que residem nos erros. E compreende, mesmo nas teias da imperfeição, és digno de amor e autoaceitação. O verdadeiro tesouro é encontrado na jornada, não no destino aparentemente perfeito.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

“A posse do domínio das situações significa uma verdadeira liberação, quando é conseguida sob os auspícios insubstituíveis da confiança em si mesmo, ou seja, das próprias defesas mentais”, O Mecanismo da Vida Consciente - Pecotche

Esse pensamento enfatiza a importância do domínio das situações como uma forma de liberação pessoal, desde que esse domínio seja conquistado com base na confiança em si mesmo e no fortalecimento das defesas mentais. Vamos analisar os elementos-chave desse pensamento:

Posse do domínio das situações: Isso sugere que ter controle sobre as circunstâncias, contextos ou desafios da vida é uma qualidade valiosa. Quando se possui o domínio das situações, é possível agir de maneira mais eficaz e tomar decisões melhores.

Liberação pessoal: O termo "liberação" pode ser entendido como uma sensação de liberdade ou emancipação. Nesse contexto, adquirir controle sobre as situações da vida pode levar a uma sensação de realização e bem-estar pessoal.

Confiança em si mesmo: A confiança em si mesmo é uma qualidade psicológica crucial. Ter confiança em suas habilidades e capacidades permite enfrentar desafios de maneira mais assertiva e resiliente.

Próprias defesas mentais: Defesas mentais são mecanismos psicológicos que ajudam a lidar com adversidades, proteger-se de influências negativas e manter a estabilidade emocional.

A posse do domínio das situações pode ser um fator importante para alcançar uma sensação de liberação ou liberdade pessoal. No entanto, esse domínio só é verdadeiramente alcançado quando baseado na confiança em si mesmo e em habilidades mentais para lidar com os desafios que surgem ao longo da vida.

Embora seja uma ideia interessante, é importante notar que a vida é complexa e nem sempre temos controle total sobre todas as situações. Algumas circunstâncias podem estar além do nosso controle e exigir adaptação e resiliência. Além disso, é crucial equilibrar a confiança em si mesmo com a humildade e estar aberto a aprender com os outros e com os desafios que enfrentamos.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Faço o meu melhor nas tarefas com o que tenho disponível para fazê-las

 No decorrer da vida, somos confrontados com diversos desafios e tarefas que exigem nossa atenção e empenho. No entanto, nem sempre dispomos dos recursos ideais para realizá-las. É nesses momentos que a atitude de “Fazer o meu melhor nas tarefas com o que tenho disponível para fazê-las” se torna essencial. Essa frase nos lembra da importância de aproveitar ao máximo as circunstâncias em que nos encontramos, concentrando-nos no esforço e dedicação em vez de se lamentar pelas limitações. Essa abordagem pode levar a resultados surpreendentes e estimular nosso crescimento pessoal e profissional.

Ao adotar a mentalidade de fazer o nosso melhor com o que temos, estamos demonstrando nossa determinação e comprometimento com as tarefas que enfrentamos. Em vez de sermos desencorajados por recursos limitados, escolhemos direcionar nossa energia para aproveitar ao máximo o que está ao nosso alcance. Essa atitude nos coloca em uma posição de controle, permitindo que enfrentemos os desafios de frente e busquemos soluções criativas.

Quando nos deparamos com recursos limitados, somos instigados a sermos mais criativos e inovadores. Ao invés de nos prendermos à ideia de que precisamos de tudo perfeito para começar, aprendemos a aproveitar o que está disponível e buscar soluções alternativas. Essa habilidade de adaptação nos torna mais flexíveis e resilientes diante das adversidades, permitindo que encontremos caminhos inesperados e alcancemos resultados surpreendentes.

Ao fazer o nosso melhor com o que temos, estamos cultivando um ambiente de aprendizado e crescimento contínuo. Enfrentar desafios com recursos limitados nos desafia a buscar melhorias constantes e a expandir nossas habilidades. Através dessa jornada, ganhamos experiência valiosa e nos tornamos mais capazes de lidar com adversidades futuras. Cada obstáculo superado se torna um degrau em direção ao nosso desenvolvimento pessoal e profissional.

Diante das tarefas e desafios que a vida nos apresenta, é essencial lembrar que o nosso melhor nem sempre depende dos recursos disponíveis, mas sim da nossa atitude e esforço em aproveitá-los ao máximo. Ao adotar a mentalidade de fazer o nosso melhor com o que temos, demonstramos determinação, adaptabilidade e buscamos constantemente o crescimento. Essa abordagem nos permite transformar limitações em oportunidades, superar obstáculos e alcançar resultados surpreendentes. Portanto, vamos enfrentar cada tarefa com dedicação e empenho, sabendo que o verdadeiro sucesso reside na nossa capacidade de extrair o melhor de nós mesmos, independentemente das circunstâncias.

    Minha mente me leva além dos 40% quando meu corpo é exigido

     Ir além dos 40% quando o corpo é exigido é uma ideia atribuída a David Goggins, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos, ultramaratonista e palestrante motivacional. Esse aforismo reflete a mentalidade de Goggins em relação a superar seus limites físicos e mentais.

    Goggins acredita que a maioria das pessoas tende a desistir ou se contentar quando atinge aproximadamente 40% de seu verdadeiro potencial. Ele argumenta que, ao empurrar-se além dessa porcentagem, é possível descobrir forças e capacidades anteriormente desconhecidas.

    Essa frase encapsula a ideia de que o corpo humano é capaz de realizar muito mais do que a mente inicialmente acredita ser possível. Goggins é conhecido por seus feitos extraordinários, como completar inúmeras ultramaratonas e desafios extremos, demonstrando sua filosofia de superação e resiliência.

    Em essência, essa ideia sugere que, quando confrontados com desafios ou situações difíceis, devemos buscar força interior e não desistir prematuramente. É um lembrete para explorar e estender nossos limites, pois muitas vezes subestimamos nossa verdadeira capacidade de crescimento e conquista.

    sábado, 29 de dezembro de 2018

    Sobre o livro 13 coisas que as pessoas mentalmente fortes não fazem, de Amy Morin

    Se você tem dificuldade para lidar com os problemas em sua vida, esse livro traz dicas valiosas sobre como você pode melhorar sua mentalidade sobre esses problemas. Eis algumas obeservações pessoais sobre o livro...
    A autora se baseia em 13 princípios para ajudar a manter uma mentalidade forte:
    • Não tentam agradar o mundo
    • Não abrem mão de seu poder
    • Não se incomodam com o sucesso dos outros
    • Não perdem tempo sentindo pena de si mesmas
    • Não temem as mudanças
    • Não sentem que o mundo lhes deve alguma coisa
    • Não cometem o mesmo erro várias vezes
    • Não ficam presas ao passado
    • Não têm medo de correr riscos
    • Não desistem depois do primeiro fracasso
    • Não se concentram naquilo que não podem controlar
    • Não esperam resultados imediatos
    • Não evitam ficar sozinhas
    O livro traz dicas para pensarmos nas coisas que podem estar sabotando nossos esforços para atingirmos nossos objetivos. Tanto o coração como a mente precisam estar em sintonia, só assim teremos serenidade suficiente para controlar nosso corpo.
    Deixar de lado os problemas e os medos, sem encará-los de frente, só os adiará, e podem inclusive voltar mais fortes. Muitas vezes exageramos a situação adversa, porém devemos tomar atitudes para enfrenta-las.
     Não se preocupe com as pessoas que não gostam de ti. Quanto mais tempo passa se preocupando com eles, mais poder você dá a eles. Não se pode ter uma mente saudável se você dá a outras pessoas o poder de controlar como você se sente e se comporta.
     Estabeleça limites. Quando você não estabelece limites, corre o risco de abrir mão do seu próprio poder e entrega-lo aos outros. Por exemplo: “você abre mão de sua força a cada vez que evita dizer não a algo que realmente não quer fazer”. Ao fazer isso, você perde o poder de regular suas próprias emoções, deixando-as dependentes dos outros.
    Você deve determinar seus objetivos na vida, não deixar que outros os determinem. Por isso “não dê à opinião de outra pessoa o poder de determinar quem você é. Você pode respeitosamente escolher discordar e seguir em frente, sem dedicar tempo e energia tentando fazer o outro mudar de ideia”. Se você se preocupar com o que os outros pensam, você será eternamente prisioneiro deles.
     Você tem a capacidade de fazer a diferença. Tenha em mente que não temos a capacidade de controlar todas as situações, tentar controlar tudo, e todos, desperta uma imensa ansiedade em nós. O que podemos fazer é mudar as situações que estão sobre o nosso controle. Não tente controlar uma tempestade, você não tem poder para isso. O que você pode, e deve fazer, é se preparar da melhor forma para ela.
    Cuidado com aqueles que estão sempre pedindo algo. Se tens dificuldade para dizer não por medo de ferir sentimentos alheios, mesmo de pessoas próximas, não há nenhuma garantia de que elas gostarão de você. Isso pode leva-las a tirar vantagens de você, o que acaba te esgotando mentalmente. Você não tem a mínima capacidade de controlar o modo como os outros se sentem. Lembre-se sempre: “tudo bem se outras pessoas ficarem chateadas ou decepcionadas. Não há razão para que as pessoas precisem estar felizes e satisfeitas o tempo inteiro”. Aceitar que não há como agradar todo mundo, te torna mais forte e te liberta.
    A autora fala também da importância de termos objetivos e valores na vida. Ter objetivos palpáveis, possíveis de serem atingidos, depende muito mais de cada um de nós do que dos outros. Ter valores é importante para podermos fazer as escolhas certas, independente da ocasião.
    Viva o presente. O que aconteceu não há como ser modificado. Para curarmos feridas do passado temos de viver plenamente o presente. Não há quem não erre. O único erro imperdoável é aquele do qual não aprendemos nenhuma lição. Ter ressentimento é o mesmo que beber veneno com a esperança de que ele irá matar seus inimigos.
    Tenha sua própria definição de sucesso. Se deseja algo que outro tem, corra atrás. Tentar diminuir o próximo não vai melhorar em nada o seu sucesso. Se você não tem sua própria definição de sucesso, seja ele material ou não, não saberá o que fazer para atingi-lo, e poderá sentir inveja dos outros. Você tem suas próprias habilidades, talentos e experiência de vida, cada um tem os seus. Comparar-se não vai melhorar suas qualidades.

    sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

    Sobre o livro 20 regras de ouro para educar filhos e alunos, de Augusto Cury

    Nesse livro, Augusto Cury traz uma série de considerações sobre a educação de filhos e alunos, baseados em anos de pesquisa e atendimentos psiquiátricos. Baseado em seus escritos, fiz minhas próprias observações sobre o que chamou mais a minha atenção na leitura do livro. Como a Sofia nascerá em breve, tento através de leituras como essa, buscar conhecimento que me possa ser útil na formação dela e das crianças com as quais convivo:
    Precisamos ensinar nossas crianças que não é necessário ser o primeiro, não sempre estaremos no topo, devemos ser bons no que se fazemos, buscando sempre aprimorar nossas habilidades e competências.
    O tempo é cruel, ele sempre passa, independente se você faz tratamentos para rejuvenescer, aplicações de Botox, quaisquer procedimentos estéticos para disfarçar o tempo. Você pode tentar fugir dele, lutar contra ele, mas o tempo sempre vencerá. Também não se pude mudar o passado, o máximo que se pode fazer, é “alterar” o futuro, baseado no que se faz no presente.
    Por mais racional e lógico que você seja, ao lembrar algo, você está interpretando, da sua forma, algo que aconteceu. Não existem lembranças puras. Exigir que alunos sejam exatos em provas, é tentar robotizar a mente humana, algo impossível. Isso vai acabando com o processo de formação de pensamento crítico.
    As crianças deveriam ser capazes de criar seu próprio Eu, de ser afirmarem como pessoas únicas que são. Não deveriam estar o tempo todo buscando a comparação com outras pessoas. “Arthur Schopenhauer afirmou com propriedade que entregar nossa felicidade em função da cabeça do outro é autodestrutivo”. Cada pessoa deve se reconhecer como ser humano, não como branco ou preto, rico ou pobre, homem ou mulher. Quando todos nos reconhecermos como humanos, teremos consciência de que todos fazemos parte de uma mesma família, com diferenças insignificantes.
    Todos somos campeões, para nascermos vencemos a concorrência com milhões de espermatozoides, cada um com uma carga genética um pouquinho diferente.
    Devemos ter em mente que os filhos não têm os mesmos direitos que os pais, e nem podem ter. Uma criança não deve dormir a hora que quer e, se os pais assim o permitirem, estarão educando seres humanos irresponsáveis com a própria saúde física e mental. A qualidade do sono é um dos fatores fundamentais para a formação do intelecto humano.
    Habilidades como a gratidão, resiliência, paciência e gentileza não vêm impressas em nosso DNA, elas são ensinadas, principalmente pelos pais. Não ensinar aos filhos deveres básicos e não dar-lhes responsabilidades gera jovens autoritários, consumistas e ingratos. No entanto, amar os filhos não quer dizer se anular por eles, todos temos projetos pessoais, e um dia os filhos criam asas.
    Dependemos de outras pessoas sempre, só após aprendermos isso que nossa espécie prevaleceu em nosso planeta. “Ser concebido dependeu dos pais, nascer dependeu dos médicos, andar dependeu dos adultos, aprender dependeu dos professores, comer dependeu do agricultor que cultivou os alimentos e de quem os preparou, até ao morrer dependerá de alguém para os enterrar. Somos sempre dependentes das pessoas, por isso, a gratidão é vital para a saúde emocional e a cooperação é fundamental para a saúde social”.
    As maiores conquistas da vida chegam lentamente, em processos divididos em etapas a serem cumpridas, implicam perdas durante a caminhada. Lidar com isso gera amadurecimento emocional. Cumprir desejos de crianças de forma imediata, como se fossem sempre urgentes, deixa-os despreparados para a vida, carregados de ansiedade. Saber esperar é fundamental.
    O autor define “6 estratégias para pacificar a mente das crianças nos focos de tensão:
    1) Não tenha medo das birras, a tempestade vai passar;
    2) Primeiro pacifique a sua ansiedade, depois, a delas, não se desespere;
    3) Não grite e nem queira dominá-las a força;
    4) Fale mansamente quando elas estão gritando ou estão tensas, diminua o tom de voz, deixe-as constrangidas com sua inteligência e brandura;
    5) Reforce que só irá conversar quando elas se acalmarem;
    6) Saiba que seu objetivo não é adestrar a mente dos seus filhos e alunos, mas ensiná-los a pensar, é formar um ser humano inteligente, um ator social produtivo e sábio, e não um servo”.
    Os presentes são mais fáceis de dar do que o coração, a história, as lágrimas, o diálogo profundo. No silêncio dos túmulos, estão enterradas as palavras e os sentimentos que os pais, professores, filhos, amantes sempre tiveram vontade de expressar, mas não o fizeram. Os pais deveriam se preocupar mais em transferir o capital das experiências aos seus filhos, dar aquilo que o dinheiro não compra. Deveríamos pensar antes em formar sucessores, e não somente herdeiros.