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sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Por que conhecemos somente uma história?

Apesar de terem existido diversas culturas, civilizações e períodos de tempo, cada um com suas próprias narrativas e relatos, nós conhecemos poucas histórias.

Muitas vezes, as histórias mais amplamente divulgadas e reconhecidas são aquelas que se originam das culturas dominantes, sociedades influentes ou poderosas. Isso pode levar à sensação de que apenas uma perspectiva ou história é proeminente, enquanto outras histórias podem ser negligenciadas ou menos conhecidas.

Narrativas hegemônicas são aquelas que são consideradas "normais" ou "padrão" dentro de uma cultura ou sociedade. Isso pode levar a uma supressão das histórias menos comuns ou marginalizadas, criando a ilusão de que só existe uma única história.

Acesso limitado a diferentes fontes de informação, educação restrita e barreiras linguísticas podem contribuir para a falta de exposição a uma variedade de histórias e perspectivas. Isso pode criar uma visão de mundo mais estreita.

Muitas histórias e culturas antigas foram perdidas ao longo do tempo devido a conflitos, desastres naturais, mudanças políticas e outros fatores. Isso pode resultar na perda de perspectivas múltiplas da história humana.

Os meios de comunicação, como a televisão, o cinema e a internet, têm um grande impacto na disseminação de histórias e informações. Se certas histórias ou perspectivas não são amplamente representadas nesses meios, isso pode contribuir para a sensação de que apenas uma história é conhecida.

À medida que o mundo se torna mais globalizado, algumas culturas e histórias podem ser absorvidas por outras, levando a uma certa uniformidade cultural e, por consequência, à percepção de que conhecemos apenas uma história.

Para ampliar nosso entendimento e conhecimento das diferentes histórias humanas, é importante buscar uma variedade de fontes de informação, valorizar a diversidade cultural, prestar atenção às perspectivas menos ouvidas e estar aberto a aprender sobre narrativas diferentes das nossas.

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

A Queda do QI na Nova Geração - Reflexos do Uso Excessivo de Aparelhos Digitais

Nas últimas décadas, uma mudança significativa tem sido observada nos resultados de testes de Quociente de Inteligência (QI) entre as gerações. Pela primeira vez, estamos testemunhando um fenômeno intrigante: filhos apresentando QI inferior ao de seus pais. Embora seja necessário abordar essa tendência com cautela, uma série de fatores aponta para a correlação entre o uso crescente de aparelhos digitais e essa aparente diminuição no QI. 

A revolução digital trouxe consigo uma série de avanços tecnológicos que têm transformado nossa maneira de viver, aprender e interagir. No entanto, o uso excessivo de aparelhos digitais, como smartphones, tablets e computadores, está causando impactos profundos nas habilidades cognitivas das gerações mais jovens. Estudos têm sugerido que a exposição prolongada a telas e o conteúdo consumido podem contribuir para a redução da capacidade de atenção, concentração e pensamento crítico. 

Uma das principais ramificações desse cenário é o afastamento entre pais e filhos. A interação face a face está sendo substituída por conversas virtuais e momentos compartilhados através de telas. Essa desconexão pode impactar negativamente o desenvolvimento cognitivo das crianças, uma vez que o aprendizado e a aquisição de conhecimento são fortemente influenciados pelas experiências e interações sociais. Além disso, o ambiente digital muitas vezes favorece a passividade e o entretenimento superficial em detrimento de atividades que estimulam a mente de maneira mais abrangente.

É importante ressaltar que a mensuração do QI, embora seja uma ferramenta amplamente utilizada para avaliar a capacidade intelectual, não é o único indicador do potencial humano. O QI não abrange completamente as múltiplas formas de inteligência, como a emocional, social e criativa. No entanto, sua queda em algumas gerações é um sinal de alerta que não pode ser ignorado.

Para mitigar os efeitos adversos do uso excessivo de aparelhos digitais, é fundamental adotar abordagens equilibradas. Os pais desempenham um papel vital ao incentivar o uso consciente da tecnologia e ao promover atividades que estimulem o pensamento crítico e a interação social. Estabelecer limites de tempo para o uso de dispositivos e criar momentos para o diálogo genuíno pode reverter essa tendência preocupante.

Em síntese, a queda do QI entre os filhos em relação aos pais é um fenômeno complexo que pode estar ligado ao uso excessivo de aparelhos digitais e à desconexão entre as gerações. Embora o teste de QI possa ser apenas um indicador limitado da inteligência, ele serve como um alerta para a necessidade de repensar nossa relação com a tecnologia e buscar um equilíbrio saudável entre o mundo digital e as interações humanas significativas.

Fonte: 
https://www.bbc.com/portuguese/geral-54736513

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Elogie mais o esforço do que o resultado, isso é reforço positivo

Em um mundo onde somos constantemente avaliados por nossas conquistas e resultados, muitas vezes negligenciamos a importância do processo que nos leva até lá. Valorizar o esforço e a dedicação é uma abordagem poderosa que pode levar ao crescimento pessoal e ao sucesso em todas as áreas da vida.

O Que é Reforço Positivo?

Reforço positivo é uma estratégia comportamental amplamente utilizada para incentivar e fortalecer determinados comportamentos desejados. Em vez de focar apenas nos resultados finais, o reforço positivo valoriza e elogia os esforços e ações que levaram a esses resultados. Essa abordagem é fundamentada na ideia de que ao reconhecer e recompensar o esforço, as pessoas se sentem mais motivadas a continuar se empenhando, aprendendo e melhorando.

Ao elogiar o esforço, criamos um ambiente que incentiva a aprendizagem contínua e o crescimento pessoal. Quando valorizamos a jornada e os obstáculos superados, os indivíduos se sentem mais confiantes e encorajados a persistir diante das adversidades. Isso cria uma mentalidade de crescimento, em que os erros são vistos como oportunidades de aprendizado, e o desenvolvimento pessoal se torna uma busca constante.

É importante elogiar o esforço, e não o resultado, porque o resultado nem sempre está ao nosso controle. Se focarmos exclusivamente nos resultados, podemos acabar desencorajando as pessoas a se arriscarem e a enfrentarem desafios, com medo de fracassar e não receber reconhecimento. Essa mentalidade fixa pode levar à estagnação, onde as pessoas evitam sair da zona de conforto e não se permitem aprender com suas falhas.

Elogiar o esforço também tem um impacto significativo na autoestima e autoconfiança das pessoas. Quando o mérito está ligado ao empenho e dedicação, em vez de habilidades inatas, as pessoas percebem que têm controle sobre o próprio crescimento e podem melhorar continuamente. Essa crença fortalece a autoestima, tornando as pessoas mais resistentes diante de críticas e rejeições, e mais propensas a perseverar em direção aos seus objetivos.

Na educação, por exemplo, estudos têm mostrado que crianças que recebem elogios pelo esforço investido em seus estudos tendem a desenvolver uma mentalidade mais positiva em relação ao aprendizado e, consequentemente, obtêm melhores resultados acadêmicos.

Elogiar o esforço em detrimento do resultado é uma poderosa forma de reforço positivo que pode impulsionar o crescimento pessoal e profissional. Ao valorizar a jornada, aprender com os erros e persistir diante dos desafios, as pessoas desenvolvem uma mentalidade de crescimento que as coloca no caminho do sucesso.

Seja na educação, no ambiente de trabalho ou em nossas relações pessoais, essa abordagem cria um ambiente mais encorajador, que estimula o desenvolvimento contínuo e a construção de uma autoestima sólida. Lembre-se de elogiar o esforço daqueles ao seu redor e de si mesmo, pois essa prática simples pode fazer toda a diferença em alcançar resultados extraordinários.

Se você quer ajudar alguém a crescer e aprender, lembre-se de elogiar mais o esforço do que o resultado.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

As valiosas lições que me vieram à memória durante uma caminhada do serviço à minha casa…

 Um dia, eu que tenho o hábito de ir de bicicleta ao trabalho, fui de carona com minha esposa logo cedo, então teria de voltar de ônibus após o expediente. Porém, de repente me bateu uma vontade de me movimentar. Decidi ir caminhando até em casa, um trajeto de quase 8km, passando em grande parte por um caminho que meu pai fizera por algum tempo quando jovem, para ir da casa dele até a escola. Durante a caminhada me veio à memória alguns valioso ensinamentos, que me foram passados através do seu exemplo.

Mesmo sob circunstâncias contrárias, ter de caminhar esse percurso, seja na poeira, na chuva ou no sol, subindo e descendo os mares de morros mineiros, a determinação de estudar, depois de ter escolhido ainda menino, esse caminho, transformou o menino Décio no primeiro de sua geração, criado na comunidade do Fundão, a se tornar um legítimo Doutor. Escolher o caminho e seguir adiante, independente das condições desfavoráveis, certamente é um dos maiores aprendizados que se pode ter na vida. Isso me mostra que todos os sonhos são trilhas possíveis de se percorrer, e não há distância longa ou difícil o bastante para te fazer desistir deles.
As suas caminhadas facilitaram, e muito, a minha caminhada e as dos meus irmãos. As trilhas que você abriu certamente nos tornou privilegiados para trilharmos nossos próprios caminhos. Aprender a agradecer tudo que temos, e principalmente por quem somos, foi outro aprendizado. Agradeço por toda dificuldade superada, por você ter dado o melhor de si para que pudéssemos ser o melhor de nós. Reconheço toda tua trajetória percorrida e sei o valor que tu dás a quem sempre lhe ajudou. Aprendi o valor de poder retribuir a essas pessoas. Tudo pelo que passou está arraigado na sua história, e isso ninguém pode lhe tirar. Tudo que me ensinou certamente será repassado aos meu sucessores, e serei eternamente grato a ti pelas trilhas que abriu para todos nós.
Você provavelmente não deixará herança patrimonial aos seus filhos. Porém, você formou sucessores. Pra mim isso é infinitamente mais valioso do que qualquer bem material. Os valores intrínsecos que recebi, como investir em conhecimento, determinação, honestidade, amor à sabedoria, respeito às diferenças, sensatez, dentre tantos outros, são muito valiosos e certamente serão repassados à minha filha. O que você tem nos deixado como legado permanecerá por mais gerações depois de ti. Esse legado é tão forte que se torna indestrutível e não há nada no mundo que seja capaz de destruí-lo.
Não se pode resumir 33 anos de lições aprendidas em apenas um texto. Mas essa é uma bela amostra do aprendizado que tenho tido com o meu maior mestre…

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Sobre o livro 20 regras de ouro para educar filhos e alunos, de Augusto Cury

Nesse livro, Augusto Cury traz uma série de considerações sobre a educação de filhos e alunos, baseados em anos de pesquisa e atendimentos psiquiátricos. Baseado em seus escritos, fiz minhas próprias observações sobre o que chamou mais a minha atenção na leitura do livro. Como a Sofia nascerá em breve, tento através de leituras como essa, buscar conhecimento que me possa ser útil na formação dela e das crianças com as quais convivo:
Precisamos ensinar nossas crianças que não é necessário ser o primeiro, não sempre estaremos no topo, devemos ser bons no que se fazemos, buscando sempre aprimorar nossas habilidades e competências.
O tempo é cruel, ele sempre passa, independente se você faz tratamentos para rejuvenescer, aplicações de Botox, quaisquer procedimentos estéticos para disfarçar o tempo. Você pode tentar fugir dele, lutar contra ele, mas o tempo sempre vencerá. Também não se pude mudar o passado, o máximo que se pode fazer, é “alterar” o futuro, baseado no que se faz no presente.
Por mais racional e lógico que você seja, ao lembrar algo, você está interpretando, da sua forma, algo que aconteceu. Não existem lembranças puras. Exigir que alunos sejam exatos em provas, é tentar robotizar a mente humana, algo impossível. Isso vai acabando com o processo de formação de pensamento crítico.
As crianças deveriam ser capazes de criar seu próprio Eu, de ser afirmarem como pessoas únicas que são. Não deveriam estar o tempo todo buscando a comparação com outras pessoas. “Arthur Schopenhauer afirmou com propriedade que entregar nossa felicidade em função da cabeça do outro é autodestrutivo”. Cada pessoa deve se reconhecer como ser humano, não como branco ou preto, rico ou pobre, homem ou mulher. Quando todos nos reconhecermos como humanos, teremos consciência de que todos fazemos parte de uma mesma família, com diferenças insignificantes.
Todos somos campeões, para nascermos vencemos a concorrência com milhões de espermatozoides, cada um com uma carga genética um pouquinho diferente.
Devemos ter em mente que os filhos não têm os mesmos direitos que os pais, e nem podem ter. Uma criança não deve dormir a hora que quer e, se os pais assim o permitirem, estarão educando seres humanos irresponsáveis com a própria saúde física e mental. A qualidade do sono é um dos fatores fundamentais para a formação do intelecto humano.
Habilidades como a gratidão, resiliência, paciência e gentileza não vêm impressas em nosso DNA, elas são ensinadas, principalmente pelos pais. Não ensinar aos filhos deveres básicos e não dar-lhes responsabilidades gera jovens autoritários, consumistas e ingratos. No entanto, amar os filhos não quer dizer se anular por eles, todos temos projetos pessoais, e um dia os filhos criam asas.
Dependemos de outras pessoas sempre, só após aprendermos isso que nossa espécie prevaleceu em nosso planeta. “Ser concebido dependeu dos pais, nascer dependeu dos médicos, andar dependeu dos adultos, aprender dependeu dos professores, comer dependeu do agricultor que cultivou os alimentos e de quem os preparou, até ao morrer dependerá de alguém para os enterrar. Somos sempre dependentes das pessoas, por isso, a gratidão é vital para a saúde emocional e a cooperação é fundamental para a saúde social”.
As maiores conquistas da vida chegam lentamente, em processos divididos em etapas a serem cumpridas, implicam perdas durante a caminhada. Lidar com isso gera amadurecimento emocional. Cumprir desejos de crianças de forma imediata, como se fossem sempre urgentes, deixa-os despreparados para a vida, carregados de ansiedade. Saber esperar é fundamental.
O autor define “6 estratégias para pacificar a mente das crianças nos focos de tensão:
1) Não tenha medo das birras, a tempestade vai passar;
2) Primeiro pacifique a sua ansiedade, depois, a delas, não se desespere;
3) Não grite e nem queira dominá-las a força;
4) Fale mansamente quando elas estão gritando ou estão tensas, diminua o tom de voz, deixe-as constrangidas com sua inteligência e brandura;
5) Reforce que só irá conversar quando elas se acalmarem;
6) Saiba que seu objetivo não é adestrar a mente dos seus filhos e alunos, mas ensiná-los a pensar, é formar um ser humano inteligente, um ator social produtivo e sábio, e não um servo”.
Os presentes são mais fáceis de dar do que o coração, a história, as lágrimas, o diálogo profundo. No silêncio dos túmulos, estão enterradas as palavras e os sentimentos que os pais, professores, filhos, amantes sempre tiveram vontade de expressar, mas não o fizeram. Os pais deveriam se preocupar mais em transferir o capital das experiências aos seus filhos, dar aquilo que o dinheiro não compra. Deveríamos pensar antes em formar sucessores, e não somente herdeiros.