sábado, 29 de dezembro de 2018

Sobre o livro 13 coisas que as pessoas mentalmente fortes não fazem, de Amy Morin

Se você tem dificuldade para lidar com os problemas em sua vida, esse livro traz dicas valiosas sobre como você pode melhorar sua mentalidade sobre esses problemas. Eis algumas obeservações pessoais sobre o livro...
A autora se baseia em 13 princípios para ajudar a manter uma mentalidade forte:
• Não tentam agradar o mundo
• Não abrem mão de seu poder
• Não se incomodam com o sucesso dos outros
• Não perdem tempo sentindo pena de si mesmas
• Não temem as mudanças
• Não sentem que o mundo lhes deve alguma coisa
• Não cometem o mesmo erro várias vezes
• Não ficam presas ao passado
• Não têm medo de correr riscos
• Não desistem depois do primeiro fracasso
• Não se concentram naquilo que não podem controlar
• Não esperam resultados imediatos
• Não evitam ficar sozinhas
O livro traz dicas para pensarmos nas coisas que podem estar sabotando nossos esforços para atingirmos nossos objetivos. Tanto o coração como a mente precisam estar em sintonia, só assim teremos serenidade suficiente para controlar nosso corpo.
Deixar de lado os problemas e os medos, sem encará-los de frente, só os adiará, e podem inclusive voltar mais fortes. Muitas vezes exageramos a situação adversa, porém devemos tomar atitudes para enfrenta-las.
 Não se preocupe com as pessoas que não gostam de ti. Quanto mais tempo passa se preocupando com eles, mais poder você dá a eles. Não se pode ter uma mente saudável se você dá a outras pessoas o poder de controlar como você se sente e se comporta.
 Estabeleça limites. Quando você não estabelece limites, corre o risco de abrir mão do seu próprio poder e entrega-lo aos outros. Por exemplo: “você abre mão de sua força a cada vez que evita dizer não a algo que realmente não quer fazer”. Ao fazer isso, você perde o poder de regular suas próprias emoções, deixando-as dependentes dos outros.
Você deve determinar seus objetivos na vida, não deixar que outros os determinem. Por isso “não dê à opinião de outra pessoa o poder de determinar quem você é. Você pode respeitosamente escolher discordar e seguir em frente, sem dedicar tempo e energia tentando fazer o outro mudar de ideia”. Se você se preocupar com o que os outros pensam, você será eternamente prisioneiro deles.
 Você tem a capacidade de fazer a diferença. Tenha em mente que não temos a capacidade de controlar todas as situações, tentar controlar tudo, e todos, desperta uma imensa ansiedade em nós. O que podemos fazer é mudar as situações que estão sobre o nosso controle. Não tente controlar uma tempestade, você não tem poder para isso. O que você pode, e deve fazer, é se preparar da melhor forma para ela.
Cuidado com aqueles que estão sempre pedindo algo. Se tens dificuldade para dizer não por medo de ferir sentimentos alheios, mesmo de pessoas próximas, não há nenhuma garantia de que elas gostarão de você. Isso pode leva-las a tirar vantagens de você, o que acaba te esgotando mentalmente. Você não tem a mínima capacidade de controlar o modo como os outros se sentem. Lembre-se sempre: “tudo bem se outras pessoas ficarem chateadas ou decepcionadas. Não há razão para que as pessoas precisem estar felizes e satisfeitas o tempo inteiro”. Aceitar que não há como agradar todo mundo, te torna mais forte e te liberta.
A autora fala também da importância de termos objetivos e valores na vida. Ter objetivos palpáveis, possíveis de serem atingidos, depende muito mais de cada um de nós do que dos outros. Ter valores é importante para podermos fazer as escolhas certas, independente da ocasião.
Viva o presente. O que aconteceu não há como ser modificado. Para curarmos feridas do passado temos de viver plenamente o presente. Não há quem não erre. O único erro imperdoável é aquele do qual não aprendemos nenhuma lição. Ter ressentimento é o mesmo que beber veneno com a esperança de que ele irá matar seus inimigos.
Tenha sua própria definição de sucesso. Se deseja algo que outro tem, corra atrás. Tentar diminuir o próximo não vai melhorar em nada o seu sucesso. Se você não tem sua própria definição de sucesso, seja ele material ou não, não saberá o que fazer para atingi-lo, e poderá sentir inveja dos outros. Você tem suas próprias habilidades, talentos e experiência de vida, cada um tem os seus. Comparar-se não vai melhorar suas qualidades.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Sobre o livro 20 regras de ouro para educar filhos e alunos, de Augusto Cury

Nesse livro, Augusto Cury traz uma série de considerações sobre a educação de filhos e alunos, baseados em anos de pesquisa e atendimentos psiquiátricos. Baseado em seus escritos, fiz minhas próprias observações sobre o que chamou mais a minha atenção na leitura do livro. Como a Sofia nascerá em breve, tento através de leituras como essa, buscar conhecimento que me possa ser útil na formação dela e das crianças com as quais convivo:
Precisamos ensinar nossas crianças que não é necessário ser o primeiro, não sempre estaremos no topo, devemos ser bons no que se fazemos, buscando sempre aprimorar nossas habilidades e competências.
O tempo é cruel, ele sempre passa, independente se você faz tratamentos para rejuvenescer, aplicações de Botox, quaisquer procedimentos estéticos para disfarçar o tempo. Você pode tentar fugir dele, lutar contra ele, mas o tempo sempre vencerá. Também não se pude mudar o passado, o máximo que se pode fazer, é “alterar” o futuro, baseado no que se faz no presente.
Por mais racional e lógico que você seja, ao lembrar algo, você está interpretando, da sua forma, algo que aconteceu. Não existem lembranças puras. Exigir que alunos sejam exatos em provas, é tentar robotizar a mente humana, algo impossível. Isso vai acabando com o processo de formação de pensamento crítico.
As crianças deveriam ser capazes de criar seu próprio Eu, de ser afirmarem como pessoas únicas que são. Não deveriam estar o tempo todo buscando a comparação com outras pessoas. “Arthur Schopenhauer afirmou com propriedade que entregar nossa felicidade em função da cabeça do outro é autodestrutivo”. Cada pessoa deve se reconhecer como ser humano, não como branco ou preto, rico ou pobre, homem ou mulher. Quando todos nos reconhecermos como humanos, teremos consciência de que todos fazemos parte de uma mesma família, com diferenças insignificantes.
Todos somos campeões, para nascermos vencemos a concorrência com milhões de espermatozoides, cada um com uma carga genética um pouquinho diferente.
Devemos ter em mente que os filhos não têm os mesmos direitos que os pais, e nem podem ter. Uma criança não deve dormir a hora que quer e, se os pais assim o permitirem, estarão educando seres humanos irresponsáveis com a própria saúde física e mental. A qualidade do sono é um dos fatores fundamentais para a formação do intelecto humano.
Habilidades como a gratidão, resiliência, paciência e gentileza não vêm impressas em nosso DNA, elas são ensinadas, principalmente pelos pais. Não ensinar aos filhos deveres básicos e não dar-lhes responsabilidades gera jovens autoritários, consumistas e ingratos. No entanto, amar os filhos não quer dizer se anular por eles, todos temos projetos pessoais, e um dia os filhos criam asas.
Dependemos de outras pessoas sempre, só após aprendermos isso que nossa espécie prevaleceu em nosso planeta. “Ser concebido dependeu dos pais, nascer dependeu dos médicos, andar dependeu dos adultos, aprender dependeu dos professores, comer dependeu do agricultor que cultivou os alimentos e de quem os preparou, até ao morrer dependerá de alguém para os enterrar. Somos sempre dependentes das pessoas, por isso, a gratidão é vital para a saúde emocional e a cooperação é fundamental para a saúde social”.
As maiores conquistas da vida chegam lentamente, em processos divididos em etapas a serem cumpridas, implicam perdas durante a caminhada. Lidar com isso gera amadurecimento emocional. Cumprir desejos de crianças de forma imediata, como se fossem sempre urgentes, deixa-os despreparados para a vida, carregados de ansiedade. Saber esperar é fundamental.
O autor define “6 estratégias para pacificar a mente das crianças nos focos de tensão:
1) Não tenha medo das birras, a tempestade vai passar;
2) Primeiro pacifique a sua ansiedade, depois, a delas, não se desespere;
3) Não grite e nem queira dominá-las a força;
4) Fale mansamente quando elas estão gritando ou estão tensas, diminua o tom de voz, deixe-as constrangidas com sua inteligência e brandura;
5) Reforce que só irá conversar quando elas se acalmarem;
6) Saiba que seu objetivo não é adestrar a mente dos seus filhos e alunos, mas ensiná-los a pensar, é formar um ser humano inteligente, um ator social produtivo e sábio, e não um servo”.
Os presentes são mais fáceis de dar do que o coração, a história, as lágrimas, o diálogo profundo. No silêncio dos túmulos, estão enterradas as palavras e os sentimentos que os pais, professores, filhos, amantes sempre tiveram vontade de expressar, mas não o fizeram. Os pais deveriam se preocupar mais em transferir o capital das experiências aos seus filhos, dar aquilo que o dinheiro não compra. Deveríamos pensar antes em formar sucessores, e não somente herdeiros.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Sobre o livro Eichmman em Jerusalém - Hannah Arendt

O julgamento do nazista Eichmman, responsável pelas deportações de judeus da Alemanha após Hitler assumir o comando do país, é retratado neste livro de Hannah Arendt. A autora traz alguns detalhes sobre o julgamento realizado em Israel, por uma corte israelense, depois que Eichmman foi capturado em Buenos Aires.
Dentre os pontos destacados da narrativa, a autora cita o fato de Eichmman ser, até onde se pode considerar isso, um cidadão comum, sem grande intelecto, e que seria um exemplo para seu círculo familiar e de amizade, fato atestado por amigos, familiares e até religiosos. Ele era considerado um "ciclista", alguém que baixa a cabeça para os superiores e chuta os subordinados. O julgamento causou um certo constrangimento em muitos que imaginavam Eichmman como um monstro, quando perceberam que ele poderia ser considerado um cidadão comum.
Buscando realizar aquilo que lhe era ordenado, e com o objetivo de subir na hierarquia burocrática alemã, Eichmman e outros chegaram a tal ponto de submissão às ordens superiores, que simplesmente as acatavam sem nenhum tipo de contestação. Isso nos leva a refletir como a simples submissão a ordens superiores pode gerar um efeito bola de neve e resultar em catástrofes.
O nazismo até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, não governava a Alemanha de modo autoritário. Os alemães admiravam seu chanceler, que em poucos anos saiu de cabo do exército até virar Führer de 80 milhões de pessoas. Como não seguir alguém que alcança tal feito? Talvez isso explique, em parte, como mesmo após tantas derrotas durante a guerra, o povo alemão continuava acreditando em seu Führer. Aqueles que foram contrários ao atos nazistas não tinham força suficiente para lutar contra o regime.
Após a eclosão da Segunda Guerra, os nazistas adotaram 3 etapas para se "livrar" dos judeus (tornar a Alemanha judenrein):
1) Migração forçada;
2) Concentração;
3) Solução final.
Dos países que foram ocupados pela Alemanha e que apoiavam o regime nazista, apenas a Dinamarca resistiu ao judenrein alemão. Isso mostra como era difícil ir contra a imposição do totalitarismo alemão. Essa posição dinamarquesa acabou abrindo os olhos de muitos nazistas, que até então não tinham total consciência do que estavam colocando em prática, já que vários países os apoiavam. Como as ordens de Hitler eram mais faladas do que escritas, a acusação teve problemas em encontrar provas concretas (documentos) que incriminassem Eichmman.
A autora cita o fato de surgirem questionamentos quanto à submissão dos judeus ao judenrei alemão, e alega que a submissão judaica chegara a tal ponto, pois os judeus preferiam a morte imediata nas câmaras de gás, ou por fuzilamento, a tentarem uma revolta e morrerem aos poucos todos os dias (sendo torturados), durante meses a fio.
O mal perdera a qualidade pela qual a maior parte das pessoas o reconhecem, a qualidade da tentação. Os nazistas que impuseram a Solução Final aprenderam a resistir à tentação de não fazer o mal, banalizando-o. Ou seja, fazer o mal era algo comum, e muitas vezes, nem sequer percebiam que estavam fazendo o mal. A autora questiona a moral desses atos, afirmando que embora alguns atos morais por parte de pessoas ligadas ao nazismo (como não acatar ordens superiores), não poderiam ter modificado o resultado final. Mas apesar disso, tais atos são necessários, pois eles ficarão para a posteridade, servindo sobretudo como exemplo a ser seguido.
Embora Eichmman tenha sido o responsável pelo setor de deportação alemão, a autora cita que a lei sempre deve julgar o crime, e não a pessoa. A vítima é a quebra do contrato social, aquele que mantem a ordem na sociedade, e não a pessoa que cometeu o crime.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Em um dia qualquer, num hotel de uma cidade qualquer...

Escrita Sexta-feira, 1º de maio de 2015
Feriado, dia do trabalho
Longe de casa
Viagem tranquila
Sozinho num quarto
De um hotel qualquer
Numa cidade qualquer
Nas Matas das Minas Gerais
Sozinho não, aliás
Eu, meus pensamentos
Meus sentimentos
A noite linda lá fora
Me convida para uma dança
Saio, dou uma volta
Como um lanche
Recuso a dança da noite hoje
Prefiro a solidão do quarto de hotel
Com meus pensamentos, meus sentimentos
Minha vivência, minhas alegrias e minhas tristezas
Hora de dormir, sonhar
Saber que amanhã será um novo dia
Dia de trabalhar
Ir lá fora, fazer, realizar
Despeço-me deste dia
Na esperança
Que dias melhores sempre virão
E que sempre

Amanhã haverá de ser melhor do que ontem...

por Rafael Said