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sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Sobre o livro 20 regras de ouro para educar filhos e alunos, de Augusto Cury

Nesse livro, Augusto Cury traz uma série de considerações sobre a educação de filhos e alunos, baseados em anos de pesquisa e atendimentos psiquiátricos. Baseado em seus escritos, fiz minhas próprias observações sobre o que chamou mais a minha atenção na leitura do livro. Como a Sofia nascerá em breve, tento através de leituras como essa, buscar conhecimento que me possa ser útil na formação dela e das crianças com as quais convivo:
Precisamos ensinar nossas crianças que não é necessário ser o primeiro, não sempre estaremos no topo, devemos ser bons no que se fazemos, buscando sempre aprimorar nossas habilidades e competências.
O tempo é cruel, ele sempre passa, independente se você faz tratamentos para rejuvenescer, aplicações de Botox, quaisquer procedimentos estéticos para disfarçar o tempo. Você pode tentar fugir dele, lutar contra ele, mas o tempo sempre vencerá. Também não se pude mudar o passado, o máximo que se pode fazer, é “alterar” o futuro, baseado no que se faz no presente.
Por mais racional e lógico que você seja, ao lembrar algo, você está interpretando, da sua forma, algo que aconteceu. Não existem lembranças puras. Exigir que alunos sejam exatos em provas, é tentar robotizar a mente humana, algo impossível. Isso vai acabando com o processo de formação de pensamento crítico.
As crianças deveriam ser capazes de criar seu próprio Eu, de ser afirmarem como pessoas únicas que são. Não deveriam estar o tempo todo buscando a comparação com outras pessoas. “Arthur Schopenhauer afirmou com propriedade que entregar nossa felicidade em função da cabeça do outro é autodestrutivo”. Cada pessoa deve se reconhecer como ser humano, não como branco ou preto, rico ou pobre, homem ou mulher. Quando todos nos reconhecermos como humanos, teremos consciência de que todos fazemos parte de uma mesma família, com diferenças insignificantes.
Todos somos campeões, para nascermos vencemos a concorrência com milhões de espermatozoides, cada um com uma carga genética um pouquinho diferente.
Devemos ter em mente que os filhos não têm os mesmos direitos que os pais, e nem podem ter. Uma criança não deve dormir a hora que quer e, se os pais assim o permitirem, estarão educando seres humanos irresponsáveis com a própria saúde física e mental. A qualidade do sono é um dos fatores fundamentais para a formação do intelecto humano.
Habilidades como a gratidão, resiliência, paciência e gentileza não vêm impressas em nosso DNA, elas são ensinadas, principalmente pelos pais. Não ensinar aos filhos deveres básicos e não dar-lhes responsabilidades gera jovens autoritários, consumistas e ingratos. No entanto, amar os filhos não quer dizer se anular por eles, todos temos projetos pessoais, e um dia os filhos criam asas.
Dependemos de outras pessoas sempre, só após aprendermos isso que nossa espécie prevaleceu em nosso planeta. “Ser concebido dependeu dos pais, nascer dependeu dos médicos, andar dependeu dos adultos, aprender dependeu dos professores, comer dependeu do agricultor que cultivou os alimentos e de quem os preparou, até ao morrer dependerá de alguém para os enterrar. Somos sempre dependentes das pessoas, por isso, a gratidão é vital para a saúde emocional e a cooperação é fundamental para a saúde social”.
As maiores conquistas da vida chegam lentamente, em processos divididos em etapas a serem cumpridas, implicam perdas durante a caminhada. Lidar com isso gera amadurecimento emocional. Cumprir desejos de crianças de forma imediata, como se fossem sempre urgentes, deixa-os despreparados para a vida, carregados de ansiedade. Saber esperar é fundamental.
O autor define “6 estratégias para pacificar a mente das crianças nos focos de tensão:
1) Não tenha medo das birras, a tempestade vai passar;
2) Primeiro pacifique a sua ansiedade, depois, a delas, não se desespere;
3) Não grite e nem queira dominá-las a força;
4) Fale mansamente quando elas estão gritando ou estão tensas, diminua o tom de voz, deixe-as constrangidas com sua inteligência e brandura;
5) Reforce que só irá conversar quando elas se acalmarem;
6) Saiba que seu objetivo não é adestrar a mente dos seus filhos e alunos, mas ensiná-los a pensar, é formar um ser humano inteligente, um ator social produtivo e sábio, e não um servo”.
Os presentes são mais fáceis de dar do que o coração, a história, as lágrimas, o diálogo profundo. No silêncio dos túmulos, estão enterradas as palavras e os sentimentos que os pais, professores, filhos, amantes sempre tiveram vontade de expressar, mas não o fizeram. Os pais deveriam se preocupar mais em transferir o capital das experiências aos seus filhos, dar aquilo que o dinheiro não compra. Deveríamos pensar antes em formar sucessores, e não somente herdeiros.