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quarta-feira, 6 de setembro de 2023

"A felicidade é proporcional a capacidade que nós temos de nos contentar com pouco..."

Epicuro, o renomado filósofo grego cuja sabedoria atravessa os séculos, nos brinda com uma perspectiva profundamente convincente sobre o verdadeiro segredo da felicidade. Suas palavras ecoam na eternidade: "A felicidade é proporcional à capacidade que nós temos de nos contentar com pouco." Essa aparente simplicidade esconde um tesouro de significado, um chamado irrefutável à reflexão sobre o que realmente importa na busca inata da humanidade pela plenitude e bem-estar.

Nas palavras de Epicuro, a felicidade não se encontra na implacável acumulação de riquezas materiais, no alcance do poder efêmero, ou na incessante perseguição de desejos fugazes. Ele nos desafia a virar nosso olhar para o interior, a explorar as profundezas de nossa alma em busca da verdadeira fonte da alegria. E nessa exploração, ele argumenta, encontraremos a resposta na capacidade de encontrar contentamento com o que já está ao nosso alcance, em vez de nos lançarmos em uma busca infindável por mais e mais.

Epicuro ousa afirmar que a felicidade não é um prêmio distante, atrelado a fatores externos como riqueza, poder ou fama. Ela é, antes de tudo, uma atitude interior, a maestria em se contentar com o que já se tem. Ele nos instiga a entender que a felicidade é um estado de espírito marcado por serenidade e satisfação, alcançado quando moderamos nossos desejos. Quando nos deixamos dominar pela ganância, permanecemos perpetuamente insatisfeitos, pois sempre haverá algo mais a cobiçar. Em contrapartida, quando cultivamos a capacidade de nos contentar com o pouco, damos um passo mais próximo da felicidade genuína.

Mas por que essa habilidade de contentamento com o pouco é tão essencial para a conquista da felicidade? A resposta de Epicuro mergulha na profundidade da compreensão da natureza humana e dos desejos que nos atormentam. Ele nos alerta que grande parte de nossos sofrimentos deriva da busca incessante por prazeres efêmeros e da insaciável avidez por mais e mais. Esses desejos vorazes nos arrastam para um ciclo interminável de ansiedade, insatisfação e tormento.

No entanto, ao aprendermos a nos contentar com o pouco, não nos resignamos à mediocridade, mas sim descobrimos uma fonte genuína de alegria, uma alegria que transcende as superficialidades passageiras. Isso não implica que devamos sufocar nossos desejos legítimos ou abandonar nossas ambições, mas sim que devemos nutrir a sabedoria para discernir entre os desejos verdadeiramente valiosos e os caprichos efêmeros.

A filosofia de Epicuro também nos guia na valorização das conexões humanas, destacando a importância da amizade e das relações pessoais na busca pela felicidade. Ele enfatiza que o convívio com amigos íntimos, a troca de ideias e o compartilhamento de experiências enriquecem nossa vida com significado e contentamento. São essas conexões autênticas, fortalecidas pela simplicidade, que nos conduzem a uma vida rica em significado e alegria.

Num mundo saturado pela busca incessante do "mais", pela pressão social e pela incessante comparação com os outros, as palavras de Epicuro ecoam como um lembrete atemporal da verdadeira essência da felicidade. A capacidade de se contentar com pouco não é um convite à estagnação, mas um chamado à autenticidade, à gratidão e à busca de uma vida que ressoa com significado e plenitude.

Essa ideia pode ser desafiadora num contexto contemporâneo em que somos constantemente bombardeados com mensagens que nos incitam ao consumismo desenfreado e à incessante busca por mais. No entanto, Epicuro nos recorda que a verdadeira felicidade reside dentro de nós, que não precisamos buscar além de nossos limites para encontrar a alegria.

Ao ponderarmos sobre as palavras de Epicuro, somos conduzidos à busca da felicidade autêntica. Aprender a nos contentar com pouco nos permite desvendar a riqueza da simplicidade e a alegria que reside na apreciação do momento presente. Assim, podemos, talvez, experimentar de fato a felicidade que está intrinsecamente ligada à nossa capacidade de abraçar o que já temos. Ao nos contentarmos com pouco, nos abrimos para uma vida mais gratificante e realizada, onde a verdadeira riqueza reside na apreciação das pequenas coisas que muitas vezes passam despercebidas.

quinta-feira, 27 de julho de 2023

A vida, assim como a natureza, acontece nos detalhes


Hoje ao acordar, vi nosso pezinho de jabuticaba repleto de abelhas. Isso me fez pensar em algumas coisas...

Nossa existência é um intrincado emaranhado de momentos, experiências e emoções que, muitas vezes, passam despercebidos em meio à correria do cotidiano. No entanto, assim como a natureza revela sua grandeza por meio das sutilezas, a vida também se desdobra nos pequenos detalhes que, juntos, compõem uma jornada única e especial. Neste artigo, vamos explorar como as pequenas abelhas polinizando um pezinho de jabuticaba podem ser uma metáfora poderosa para compreendermos a beleza da existência.

A natureza é uma mestra sábia, e se observarmos com atenção, encontraremos lições valiosas em cada canto. As abelhas, por exemplo, desempenham um papel fundamental na polinização das flores, permitindo que as plantas frutifiquem e perpetuem sua espécie. Esse ato aparentemente pequeno é, na verdade, essencial para a sustentabilidade do ecossistema. A abelha trabalha incansavelmente para coletar o néctar da flor, que será usado para produzir o mel. O pé de jabuticaba, por sua vez, se beneficia da polinização para produzir seus frutos deliciosos. Essa interação entre a abelha e o pé de jabuticaba é um microcosmo da vida.

Todos nós somos interdependentes e precisamos uns dos outros para sobreviver e prosperar. As abelhas precisam das flores para coletar néctar, e as flores precisam das abelhas para serem polinizadas. Analogamente, em nossas vidas, os pequenos gestos, sorrisos e ações têm o poder de criar conexões significativas e transformar o ambiente ao nosso redor.

Muitas vezes, estamos tão concentrados nos eventos marcantes que deixamos passar a beleza escondida nos detalhes. Um elogio sincero, um abraço caloroso, um "bão dia", um momento de contemplação em meio à natureza - essas são as sutilezas que preenchem nossa existência. Assim como a abelha que voa de flor em flor, cada pequeno momento pode deixar um rastro de doçura em nossas vidas.

A vida cotidiana pode parecer monótona, mas é exatamente nesse cenário aparentemente comum que reside uma riqueza extraordinária. Assim como a natureza se renova a cada estação, nós também temos a oportunidade de crescer, aprender e nos transformar diariamente. Cada dia é uma página em branco esperando para ser preenchida com novas experiências, desafios e descobertas.

Quando apreciamos os pequenos detalhes da vida, estamos nos conectando com a natureza e com o mundo ao nosso redor. Estamos nos tornando mais conscientes da nossa interdependência com os outros e com o planeta. E isso nos faz mais felizes e mais completos.

Assim como uma jabuticabeira cresce aos poucos, da semente à árvore frondosa, nossa vida também é uma jornada progressiva. Os sonhos, metas e realizações são construídos passo a passo, com dedicação e paciência. A felicidade não reside apenas no destino final, mas na trajetória que percorremos para alcançá-lo.

Ao contemplarmos a delicada dança das abelhas entre as flores, somos lembrados de que a vida é uma preciosidade composta por inúmeros detalhes. Cada gesto, encontro e aprendizado contribui para moldar nossa existência e influenciar aqueles ao nosso redor. Abrace a magia dos detalhes, encontrando beleza nas coisas simples e valorizando o cotidiano como parte integrante dessa jornada fascinante que é a vida.

Aproveite cada instante e permita-se sentir a doçura e a complexidade que residem nas pequenas alegrias do dia a dia. E lembre-se sempre de que, assim como a natureza floresce por meio das sutilezas, sua vida também é uma celebração de pequenas conquistas que a tornam única e especial.

A vida é curta demais para se apegar apenas às coisas grandes e grandiosas. Foque nos pequenos detalhes, e você verá que a vida é muito mais bonita e gratificante do que você imaginava.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

Sei quem sou, FODA-SE a opinião alheia!?

 Vivemos um tempo no qual nos sentimos estimulados a compartilhar quase tudo que fazemos/vivemos. Isso afeta nossa identidade e nossas ações, fazemos algo pensando em como compartilhar aquela ação. Os likes que recebemos nas redes sociais afetam nossa vida. Cada interação dessa libera um bocado de dopamina em nossos cérebros. A dopamina é um hormônio ligado à sensação de prazer/bem-estar. As interações causam dependência, tal qual acontece com nosso cérebro quando usamos alguma droga, e precisamos de doses cada vez maiores para nos satisfazer. Isso causa dependência.

As opiniões alheias são importantes pois somos seres sociais, precisamos de interação. Porém sermos um ser social não quer dizer levar nossa vida baseado exclusivamente nas opiniões alheias, mas sim saber o que é importante para si e o que não importa. Quando alguém diz algo sobre você, o quer que se seja, podem ocorrer uma das duas ações a seguir: ou a pessoa está mentindo ou dizendo a verdade. Se é mentira, você não deve se preocupar, pois é mentira e você não deve mudar por causa de uma mentira; Se é verdade e isto lhe incomoda, ou você muda o que incomoda em si, ou você concorda com o que foi dito e se acostuma com essa ideia; então não importa o que seja dito sobre você, na maior parte do tempo você é o responsável por sua reação a isso.

E como mudar um comportamento? Saber quem é e o que fazer, conhecer-se, embora possa ser um processo difícil, nos ajuda a minimizar os efeitos nocivos que as redes sociais e quaisquer outras interações que tenhamos possam nos causar. O conhecimento liberta, te ensina as ferramentas adequadas para lidar com cada situação.

Ao mesmo tempo precisamos do reconhecimento social, ele é importante desde os tempos das cavernas, pois só deixou descendentes aqueles que eram bem vistos pelas sociedades nas quais viveram. Mais uma vez, como lidar com essa questão? O importante é saber quem é e o que importa para si. Embora conhecer-se possa ser difícil e muitas vezes passar por um processo doloroso, ao saber quem se é, nossa vida passar a fazer mais sentido e nos sentimos mais leves, principalmente em relação às opiniões alheias.

Satisficer x Maximizer

 Você se considera um(a) Satisficer (contenta-se com o que é bom o suficiente) ou um Maximizer (contenta-se apenas com o melhor)?

Satisfacers tem uma tendência a se contentar mais com a própria vida. Conseguem olhar para si e enxergar o que já fizeram, o que fazem, e isso é o suficiente. O que não quer dizer que não pensem em melhorar, apenas que conseguem se sentir satisfeito com o que já conseguiram.

Maximizers dificilmente se sentem satisfeitos com o que já fizeram. Por este motivo tem uma tendência maior ao arrependendimento; menor satisfação com a vida; e índices maiores de ansiedade e depressão. Você precisa do máximo para se satisfazer? Qual seria o máximo? É possível atingí-lo? Você procurará a vida toda atingir o máximo, e quando chegar ao final, qual será a sua missão?

Você sabe o que é bom suficiente pra si? Conhece-te a ti mesmo? Ou você é somente mais um cidadão industrial: produzido em larga escala, pela publicidade, com os mesmos condicionamentos da maioria? A publicidade é uma praga que trabalha com seu inconsciente. Quando você passa em frente a uma loja e pensa que deseja um determinado item, provavelmente aquilo foi colocado no seu inconsciente por alguma peça publicitária. Consumo, logo existo. Te vendem essa ideia desde que você nasce.

O excesso de opções/distrações também aumentam nossa ansiedade. Qual foi a última vez que comprou algo sem perder horas pesquisando pelo melhor preço, pelo que te atenderia mais completamente? Reduza suas opções/distrações.

Todo mundo precisa de um aquário metafórico. Saber quais os limites pode alcançar. Pensar que se pode fazer/ter tudo que deseja, é um sentimento tão infantil quanto inatingível.

Quer vier plenamente satisfeito? Viva o mais próximo que conseguir como vivia um Neandertal. Uma vez satisfeita suas necessidades básicas de viver, pense, repense sobre o que é realmente necessário para a vida. Retire todos os excessos, principalmente aqueles que roubam sua energia e atenção.

Demonstre gratidão sempre que possível, principalmente a pessoas próximas

 Essa é uma afirmação poderosa sobre a importância de ser grato. A gratidão é uma emoção positiva que nos ajuda a apreciar as coisas boas em nossas vidas. Quando somos gratos, nos sentimos mais felizes, saudáveis e realizados. Também somos mais propensos a ajudar os outros e fazer a diferença no mundo.

É importante ser grato, especialmente com as pessoas próximas a nós. Nossas famílias e amigos são os que estão sempre lá para nós, nos bons e nos maus momentos. Eles merecem nosso amor, apoio e gratidão.

Existem muitas maneiras de expressar nossa gratidão. Podemos dizer “obrigado”, escrever uma carta ou e-mail, ou fazer algo especial para alguém. Mesmo um pequeno gesto pode fazer uma grande diferença.

A próxima vez que você se sentir grato, lembre-se de expressá-lo para as pessoas que são importantes para você. Sua gratidão fará com que elas se sintam bem e fortalecerá seus relacionamentos.

Aqui estão algumas dicas para expressar sua gratidão:

  • Seja sincero. Quando você diz “obrigado”, diga-o de coração.
  • Seja específico. Explique por que você está grato.
  • Seja oportuno. Não espere até tarde para expressar sua gratidão.
  • Seja criativo. Existem muitas maneiras de expressar sua gratidão, então seja criativo e faça algo especial.

A gratidão é uma emoção poderosa que pode ter um impacto positivo em nossas vidas. Ao sermos gratos, podemos aumentar nossa felicidade, saúde e bem-estar. Também podemos fortalecer nossos relacionamentos e fazer a diferença no mundo.

quinta-feira, 20 de julho de 2023

“Um belo dia, sem saber muito bem como, toma-se uma decisão, e depois essa decisão ganha a sua inércia própria. Cada ano que passa é um bocadinho mais difícil mudá-la”, do livro “A insustentável leveza do ser”…

 A frase do livro de Milan Kundera fala sobre a dificuldade de mudarmos nossas decisões, mesmo quando percebemos que elas estão erradas.

Quando tomamos uma decisão, geralmente não pensamos nas consequências a longo prazo. Pensamos apenas no que é melhor para nós naquele momento. No entanto, com o passar do tempo, podemos começar a perceber que a decisão que tomamos não foi a melhor. Podemos começar a nos sentir infelizes, frustrados ou arrependidos.

No entanto, pode ser muito difícil mudarmos de ideia. A decisão que tomamos já ganhou uma certa inércia própria. Ela já nos arrastou para um caminho que é difícil de desviar. Além disso, mudar de ideia pode ser uma experiência dolorosa. Podemos ter que admitir que erramos, e isso pode ser difícil para nossa autoestima.

No entanto, é importante lembrar que nunca é tarde demais para mudarmos de ideia. Se estamos infelizes com uma decisão que tomamos, sempre podemos tentar mudar de caminho. Pode ser difícil, mas é possível.

A frase de Kundera é um lembrete de que devemos ser cuidadosos com as decisões que tomamos. Devemos pensar nas consequências a longo prazo, e devemos estar dispostos a mudar de ideia se percebermos que cometemos um erro.

Somos as consequências das decisões que tomamos…