sexta-feira, 21 de julho de 2023

Satisficer x Maximizer

 Você se considera um(a) Satisficer (contenta-se com o que é bom o suficiente) ou um Maximizer (contenta-se apenas com o melhor)?

Satisfacers tem uma tendência a se contentar mais com a própria vida. Conseguem olhar para si e enxergar o que já fizeram, o que fazem, e isso é o suficiente. O que não quer dizer que não pensem em melhorar, apenas que conseguem se sentir satisfeito com o que já conseguiram.

Maximizers dificilmente se sentem satisfeitos com o que já fizeram. Por este motivo tem uma tendência maior ao arrependendimento; menor satisfação com a vida; e índices maiores de ansiedade e depressão. Você precisa do máximo para se satisfazer? Qual seria o máximo? É possível atingí-lo? Você procurará a vida toda atingir o máximo, e quando chegar ao final, qual será a sua missão?

Você sabe o que é bom suficiente pra si? Conhece-te a ti mesmo? Ou você é somente mais um cidadão industrial: produzido em larga escala, pela publicidade, com os mesmos condicionamentos da maioria? A publicidade é uma praga que trabalha com seu inconsciente. Quando você passa em frente a uma loja e pensa que deseja um determinado item, provavelmente aquilo foi colocado no seu inconsciente por alguma peça publicitária. Consumo, logo existo. Te vendem essa ideia desde que você nasce.

O excesso de opções/distrações também aumentam nossa ansiedade. Qual foi a última vez que comprou algo sem perder horas pesquisando pelo melhor preço, pelo que te atenderia mais completamente? Reduza suas opções/distrações.

Todo mundo precisa de um aquário metafórico. Saber quais os limites pode alcançar. Pensar que se pode fazer/ter tudo que deseja, é um sentimento tão infantil quanto inatingível.

Quer vier plenamente satisfeito? Viva o mais próximo que conseguir como vivia um Neandertal. Uma vez satisfeita suas necessidades básicas de viver, pense, repense sobre o que é realmente necessário para a vida. Retire todos os excessos, principalmente aqueles que roubam sua energia e atenção.

Faço o meu melhor nas tarefas com o que tenho disponível para fazê-las

 No decorrer da vida, somos confrontados com diversos desafios e tarefas que exigem nossa atenção e empenho. No entanto, nem sempre dispomos dos recursos ideais para realizá-las. É nesses momentos que a atitude de “Fazer o meu melhor nas tarefas com o que tenho disponível para fazê-las” se torna essencial. Essa frase nos lembra da importância de aproveitar ao máximo as circunstâncias em que nos encontramos, concentrando-nos no esforço e dedicação em vez de se lamentar pelas limitações. Essa abordagem pode levar a resultados surpreendentes e estimular nosso crescimento pessoal e profissional.

Ao adotar a mentalidade de fazer o nosso melhor com o que temos, estamos demonstrando nossa determinação e comprometimento com as tarefas que enfrentamos. Em vez de sermos desencorajados por recursos limitados, escolhemos direcionar nossa energia para aproveitar ao máximo o que está ao nosso alcance. Essa atitude nos coloca em uma posição de controle, permitindo que enfrentemos os desafios de frente e busquemos soluções criativas.

Quando nos deparamos com recursos limitados, somos instigados a sermos mais criativos e inovadores. Ao invés de nos prendermos à ideia de que precisamos de tudo perfeito para começar, aprendemos a aproveitar o que está disponível e buscar soluções alternativas. Essa habilidade de adaptação nos torna mais flexíveis e resilientes diante das adversidades, permitindo que encontremos caminhos inesperados e alcancemos resultados surpreendentes.

Ao fazer o nosso melhor com o que temos, estamos cultivando um ambiente de aprendizado e crescimento contínuo. Enfrentar desafios com recursos limitados nos desafia a buscar melhorias constantes e a expandir nossas habilidades. Através dessa jornada, ganhamos experiência valiosa e nos tornamos mais capazes de lidar com adversidades futuras. Cada obstáculo superado se torna um degrau em direção ao nosso desenvolvimento pessoal e profissional.

Diante das tarefas e desafios que a vida nos apresenta, é essencial lembrar que o nosso melhor nem sempre depende dos recursos disponíveis, mas sim da nossa atitude e esforço em aproveitá-los ao máximo. Ao adotar a mentalidade de fazer o nosso melhor com o que temos, demonstramos determinação, adaptabilidade e buscamos constantemente o crescimento. Essa abordagem nos permite transformar limitações em oportunidades, superar obstáculos e alcançar resultados surpreendentes. Portanto, vamos enfrentar cada tarefa com dedicação e empenho, sabendo que o verdadeiro sucesso reside na nossa capacidade de extrair o melhor de nós mesmos, independentemente das circunstâncias.

    Minha mente me leva além dos 40% quando meu corpo é exigido

     Ir além dos 40% quando o corpo é exigido é uma ideia atribuída a David Goggins, um ex-militar da Marinha dos Estados Unidos, ultramaratonista e palestrante motivacional. Esse aforismo reflete a mentalidade de Goggins em relação a superar seus limites físicos e mentais.

    Goggins acredita que a maioria das pessoas tende a desistir ou se contentar quando atinge aproximadamente 40% de seu verdadeiro potencial. Ele argumenta que, ao empurrar-se além dessa porcentagem, é possível descobrir forças e capacidades anteriormente desconhecidas.

    Essa frase encapsula a ideia de que o corpo humano é capaz de realizar muito mais do que a mente inicialmente acredita ser possível. Goggins é conhecido por seus feitos extraordinários, como completar inúmeras ultramaratonas e desafios extremos, demonstrando sua filosofia de superação e resiliência.

    Em essência, essa ideia sugere que, quando confrontados com desafios ou situações difíceis, devemos buscar força interior e não desistir prematuramente. É um lembrete para explorar e estender nossos limites, pois muitas vezes subestimamos nossa verdadeira capacidade de crescimento e conquista.

    Converso quando estou incomodado, o silêncio nutre nossos vampiros emocionais

     Esse pensamento aborda a dinâmica das interações sociais e a influência que certos tipos de comportamento podem ter em nosso bem-estar emocional. Pode-se analisar em duas partes essa ideia:

    “Converso quando estou incomodado”: Isso implica que a pessoa deve se expressar verbalmente quando se sente incomodada ou perturbada por alguma coisa. É uma forma de aliviar a tensão ou buscar algum tipo de resolução para o desconforto emocional. A comunicação pode ser uma estratégia para lidar com emoções negativas, permitindo que a pessoa expresse seus sentimentos e encontre possíveis soluções.

    “O silêncio nutre os vampiros emocionais”: Essa parte emprega uma metáfora ao comparar as pessoas que drenam nossa energia emocional com vampiros. Sugere que, ao optarmos pelo silêncio, estamos permitindo que esses “vampiros emocionais” se alimentem de nossa energia vital. Os “vampiros emocionais” referem-se a indivíduos que, consciente ou inconscientemente, esgotam nossa energia emocional através de demandas excessivas, críticas constantes, manipulação emocional ou outras formas de comportamento prejudicial. O silêncio aqui pode ser interpretado como uma falta de comunicação assertiva ou uma supressão de sentimentos, o que permite que essas pessoas continuem a exercer seu poder sobre nós.

    No geral, quando estamos incomodados, pode ser benéfico expressar nossos sentimentos e buscar formas de resolver os problemas emocionais. Por outro lado, optar pelo silêncio pode alimentar relações prejudiciais e nos deixar vulneráveis ao abuso emocional por parte de outras pessoas. No entanto, é importante notar que cada situação é única, e a melhor abordagem pode variar dependendo do contexto e das pessoas envolvidas.

    “A nossa vida quotidiana está sempre a ser bombardeada pelos acasos, mais exactamente por encontros fortuitos entre as pessoas e os acontecimentos, ou seja, por aquilo a que costuma chamar-se coincidências”. Do livro “A insustentável leveza do ser”.

     A frase retirada do livro “A Insustentável Leveza do Ser” descreve a ideia de que a vida cotidiana é constantemente influenciada por eventos fortuitos, como encontros casuais entre pessoas e circunstâncias, também conhecidos como coincidências.

    A frase expressa uma visão de que o curso da vida é moldado por eventos aleatórios e imprevisíveis. A referência às “coincidências” sugere que esses eventos são o resultado de uma interação complexa entre pessoas e circunstâncias, que podem ter consequências significativas em nossas vidas.

    Oferece uma reflexão interessante sobre a natureza da vida e a interação entre os seres humanos e o mundo que os rodeia. Ao destacar a importância das coincidências e dos encontros fortuitos, sugere-se que esses eventos aleatórios têm o potencial de alterar o curso de nossas vidas de maneiras imprevisíveis. Essa noção evoca questões filosóficas sobre o destino, a liberdade individual e a causalidade.

    Nossa existência está sujeita a forças além de nosso controle, como as coincidências. Esse pensamento desafia a ideia de que temos controle total sobre nossas vidas, reconhecendo que encontros fortuitos e eventos aleatórios podem desempenhar um papel significativo em nosso caminho. Isso pode levar a uma reflexão sobre como lidamos com as coincidências e como podemos encontrar sentido em eventos aparentemente aleatórios.

    No contexto do livro “A Insustentável Leveza do Ser”, escrito pelo autor Milan Kundera, a ideia de que a vida é marcada por encontros fortuitos e coincidências é uma temática central. O livro explora as complexidades e contradições das relações humanas, abordando questões existenciais e filosóficas.

    A ideia reflete que nossa vida cotidiana é afetada por acasos e coincidências. O autor utiliza termos como “bombardeada” e “encontros fortuitos” para transmitir a noção de que esses eventos ocorrem de forma inesperada e imprevisível. Nossa vida sofre influência das coincidências do cotidiano.

    “Natural que quem quer “elevar-se” sempre mais, um dia, acabe por ter vertigens”, do livro A insustentável leveza do ser

     Essa frase sugere que é natural para aqueles que desejam alcançar altos níveis de sucesso, poder ou conhecimento eventualmente enfrentarem desafios ou dificuldades. O termo “elevar-se” refere-se a uma busca constante por progresso ou aprimoramento pessoal.

    A ideia de que alguém que busca se elevar “sempre mais” pode acabar tendo vertigens pode ser entendida como uma metáfora para os efeitos negativos do excesso de ambição ou do desejo por constantes avanços. A vertigem, nesse contexto, pode ser interpretada como um estado de desequilíbrio ou confusão mental, uma sensação de instabilidade emocional ou mesmo física.

    Essa frase pode ser relacionada a conceitos como o paradoxo do progresso ou a noção de que a busca implacável por mais pode ter consequências indesejadas. A busca incessante por crescimento ou transcendência pode levar ao desgaste emocional ou a uma sensação de falta de propósito.

    Essa frase também pode ser interpretada à luz da ética, levantando questões sobre os limites da ambição humana e os possíveis efeitos colaterais do desejo por progresso pessoal. Além disso, a vertigem mencionada na frase pode ser entendida como um lembrete de que a busca pelo sucesso ou pela elevação constante deve ser equilibrada com a atenção às necessidades emocionais, sociais e físicas de uma pessoa.

    Em suma, a frase pode ser entendida como uma reflexão sobre os desafios e as possíveis consequências de uma busca constante por progresso ou elevação pessoal, sugerindo que é importante equilibrar essa busca com uma consciência das limitações e necessidades humanas.


    “A partir do momento em que os nossos atos têm uma testemunha, quer queiramos quer não, adaptamo-nos aos olhos que nos observam”, do livro A insustentável leveza do ser

     A natureza humana é intrinsecamente social, e nossa existência é moldada pela interação com os outros. Somos seres que vivem em sociedade, e essa convivência implica em uma constante troca de olhares, julgamentos e influências. A frase “A partir do momento em que os nossos atos têm uma testemunha, quer queiramos quer não, adaptamo-nos aos olhos que nos observam” revela uma profunda verdade sobre a dinâmica social e a maneira como nos relacionamos com os outros.

    Quando nossas ações são observadas, um mecanismo interno é acionado, levando-nos a considerar a percepção que os outros têm de nós. Mesmo que desejemos agir com autenticidade e de acordo com nossos próprios princípios, a presença de uma testemunha nos faz questionar se estamos correspondendo às expectativas externas. Essa consciência social nos impulsiona a adaptar nosso comportamento para nos enquadrarmos nos padrões estabelecidos ou para evitar possíveis julgamentos ou rejeição.

    Essa adaptação não deve ser vista como uma mera subserviência ou renúncia à individualidade, mas sim como uma manifestação da nossa necessidade de pertencimento e aceitação. Afinal, somos seres sociais que anseiam por conexão e reconhecimento. Dessa forma, ao nos adaptarmos aos olhos que nos observam, buscamos construir uma identidade socialmente aceitável e congruente com as normas do grupo em que estamos inseridos.

    No entanto, essa necessidade de adaptação também pode trazer consigo uma certa ambiguidade. Ao nos moldarmos para corresponder às expectativas externas, corremos o risco de perder nossa essência e autenticidade. Podemos nos distanciar de nossos valores e aspirações pessoais, sacrificando nossa individualidade em prol da conformidade social.

    A busca por um equilíbrio saudável nesse processo é um desafio constante. É fundamental desenvolver a consciência de quem somos e o que realmente valorizamos, a fim de encontrar uma harmonia entre a nossa autenticidade e a necessidade de nos adaptarmos aos olhos que nos observam. A autenticidade genuína não implica em negligenciar a influência social, mas em ser fiel a si mesmo enquanto reconhece e considera as perspectivas e expectativas dos outros.

    Portanto, ao refletirmos sobre a frase em questão, somos levados a ponderar sobre a complexidade das relações humanas e o impacto que as testemunhas têm em nossos atos. A consciência social nos convida a uma constante reflexão sobre a nossa identidade, nossos valores e a maneira como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. Encontrar a nossa voz interior, enquanto nos adaptamos aos olhos que nos observam, é um desafio filosófico que nos leva a uma jornada de autodescoberta e crescimento pessoal.