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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Reflexões sobre o livro “Meditações”, de Marco Aurélio…

 É importante, ao ler este livro, ter em mente que o autor era o homem mais poderoso do mundo quando escreveu estas frases. As escreveu em acampamentos enquanto liderava o exército romano durante batalhas. Em uma época na qual liderar um exército significava marchar junto com ele e ir ao campo de batalha. As palavras eram escritas para autoreflexão, Marco Aurélio não escreveu as notas pensando em publicação.

Escolha lutar somente aquelas que valem a pena. Você não tem energia nem tempo suficiente para lutar todas as batalhas. Simplifique. Saiba que independente de como esteja agora, isso vai passar, você vai mudar, as circustâncias mudarão. Seja virtuoso enquanto vive, afinal, ninguém viverá mais que cento e poucos anos. O fim chegará a todos, sem distinção alguma. Faça poucas coisas, mas as faça bem.

O filósofo busca a sabedoria constantemente, pois tem a noção de não possuí-la, em toda forma de conhecimento e em todos os lugares. Estude Filosofia de forma prática, dinâmica e atrativa, aprendendo com os grandes mestres da sabedoria a encontrar respostas para entender melhor a si mesmo e ao mundo. Pessoas passaram toda sua vida sintetizando seus pensamentos, aproveite. Eis uma mágica dos livros: você pode “entrar” na mente de outra pessoa, tentar ver o mundo com os olhos dela.

Você conviverá com pessoas boas e pessoas ruins, e tudo bem, você não sabe porque elas agem da forma como agem. Não consuma parte da vida que te resta fazendo conjecturas sobre outras pessoas. Não se importe com a opinião alheia, eles geralmente não conhecem teus caminhos e tuas batalhas. É uma grande perda de tempo e de energia estar sempre ocupado com as ações alheias. O elogio é sempre bem vindo e nos faz bem, mas não viva apegado somente a elogios.

“Nunca estimes como útil para ti o que um dia te forçará a transgredir tua fé, a renunciar ao pudor, a odiar alguém, a mostrar-te receoso, a maldizer, a fingir, a desejar algo que precisa de paredes e cortinas. Aja de forma honesta e verdadeira sempre. Você pode evitar suas próprias ações, mas não pode evitar a ação alheia.

Se acordares de má vontade e de forma preguiçosa, lembre-se: “desperto para cumprir uma tarefa própria de homem”, homem aqui no sentido de humano, não do gênero masculino. Nasceste para viver reclinado entre cobertores?

A mudança é temida? E que pode acontecer sem mudança? Existe algo mais querido e familiar à natureza do conjunto universal? Poderias tu mesmo lavar-te com água quente, se a lenha não se transformasse? Poderias alimentar-te se os alimentos não se transformassem? E outra coisa qualquer entre as úteis, poderia cumprir-se sem transformação? Não percebes, pois, que tua própria transformação é algo similar e igualmente necessária à natureza do conjunto universal? Aceite a mudança, ela é a única coisa constante na vida.

“Se te afliges por alguma causa externa, não é ela o que te importuna, mas o juízo que fazes dela. E depende de ti apagar esse juízo. Mas se te aflige algo que se encontra em tua disposição, quem te impede de retificar teu critério? E de igual modo, se te aflige por não executar essa ação que te parece sã, por que não a colocas em prática em vez de afligir-te”?

O livro tem muito a oferecer. Principalmente a quem tem simpatia pela filosofia estóica. Aqui está apenas um brevíssimo resumo das ideias que me são importantes neste livro…